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AWS Re:Mars 2019 – resumo e análise

AWS Re:Mars 2019 – resumo e análise

re:mars
  • M – Machine Learning – AI
  • A – Automation
  • R – Robotics
  • S – Space (este ano é aniversário de 50 do primeiro pouso lunar!)

Resumo de lançamentos

Amazon Go

Amazon Go é a loja física sem atendentes da Amazon – “just walk out technology”. Você entra, se registra com o QR code de um app, pega o que quiser e na saída é cobrado. Aplicação de IA e visão artificial real e avançada. Foram discutidos os desafios e casos de uso que precisaram ser mapeados: loja lotada, produtos similares, pessoas com roupas parecidas, grupos fazendo compra e usando o QR code uma única pessoa e também os desafios técnicos: real time, iluminação, tracking das pessoas, treinamento da rede neural (não havia dados suficientes então foi criado um mundo virtual e explorado diversos cenários – o que se chama de ‘synthetic data’ – uma ideia muito boa quando se lida com visão e situações reais). Em termos de negócios, o feedback dos clientes parece ser ótimo e entra na linha do que o Bezos sugeriu no keynote: o que não vai mudar nos próximos 10 anos? As pessoas não gostam de filas….

Alexa conversations

Como o próprio insinua, a Alexa evolui para um cenário de conversas naturais, com conhecimento de contexto. Primeiro elimina a necessidade do prompt ‘Alexa’ a todo momento e em seguida, dado um assunto já se sabe de antemão qual o(s) skill(s) a serem utilizados sem a necessidade de invocá-lo explicitamente. Foi feita uma demonstração da ‘saída de sábado a noite’, com o diálogo feito de ponta a ponta desde informações e compra do bilhete do filme, reserva de restaurante e aplicativo de carona. Tecnicamente, o conceito agora é de um ‘conversational AI’ com maior amplitude na criação do skill, menos linhas de código e maior abrangência – troca dos ‘slots’ por ‘entities’. Dependendo do contexto também haveria uma antecipação das possibilidades antes que se pergunte. Quem já fez skill sabe que há muita força bruta de mapeamento de conversa e o uso de entidades expande as possibilidades do entendimento ao deixar mais completo o desenvolvimento. Em suma, transacional -> conversas. Ainda em preview;

Lixo espacial

Esta foi daquelas palestras fora da caixa 🙂 Apresentado por um veterano da Nasa e estagiário da época do programa Apollo, Keith Volkert falou sobre ideias de como reutilizar o ‘lixo’ espacial de milhares de satelites ‘abandonados’ em órbita e que poderiam ser usados como material de construção para a futura base lunar que a Nasa e a Blue Origin pretendem criar. Há muito metal, milhares de quilomêtros de cabos, tanques prontos, malhas térmicas, painéis solares, etc que com pouco combustível poderiam ser direcionados para a órbita da lua e robôs poderiam reaproveitar todo este recurso.

iNaturalist

Uma rede social para quem curte natureza suportada entre outros pela National Geographic Society onde você pode tirar fotos de espécies animais e vegetais e compartilhar dentro da rede. A geolocalização dos bichos ajuda a mapear populações, entender migrações, efeito do aquecimento global entre diversos outros resultados. Tudo comandado por um engine de AI (SageMaker e SageMaker Ground Truth) que ajuda na detecção das fotos e estudo de padrões da distribuição das dados;

Mars Rovers

Assistimos uma sessão sobre os rovers que foram a Marte e os desafios técnicos envolvidos. Tanya Harrison tirou de cara um pouco do ‘glamour’ de sofisticação dos robôs ou tecnologia e deixando claro que é um trade off entre mecanismos conservadores e funcionais pelo risco e custo envolvidos. Ou seja, imagina-se que são as ultimas tecnologias que estão lá, mas na verdade são as mais estáveis. Para se ter uma ideia, a CPU da Curiosity tem somente 200MHz e 2 GB de memória. E a mais nova Mars 2020 não será diferente. Restrições: bateria, que não passa de 80 watts, ter que durar anos (paineis solares e/ou plutônio), ser a prova de ‘erros’ básicos (crash, tela azul), g force na aterissagem e decolagem, a prova de radiação e lidar com a latência (um ‘ping’ no ponto maior de proximidade entre os planetas levaria no mínimo 6 min e 4 segundos ida e volta…). Quer construir um Rover Open Source ?  

ROS

Biblioteca open source de desenvolvimento de kit roboticos mais popular. Muito falada no evento e com diversas apresentações (ou cases que usavam diretamente o ROS) é um bom caminho para começar a estudar de Robótica. Integrado com o AWS Robomaker, já fica bem mais imediato o deploy e construção de soluções. Foi anunciado o lançamento da versão 2 com bastante foco em segurança e com uma versão comercial mais avançada.

Expo

A expo estava cheia de robôs de universidades, Amazon e diversas empresas. Interessante ver como a destreza realmente tem evoluido e a autonomia de navegação avançada – alguns robos autonômos desviando das pessoas e seguindo outras. Uma solução de telemetria da HaptX foi destaque com ótimo feedback de todos que usaram as luvas robóticas.

Zoox

Solução de carro autônoma pensada deste o princípio básico. Fazer um carro para transporte e não adaptar um carro existente para autônomo. A diferença pode parecer sútil, mas conceitualmente tem diversas implicações desde o design básico (sem lugar para o motorista) até a questão de quem é o dono e como integrá-lo a uma cidade inteligente. Ideia bem ousada e mercadologicamente de difícil execução, mas há gente engajada em lançar o primeiro protótipo funcional em breve.

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